7.3.09

.: made in braSil












pessoal, participei na última 6ªfeira, dia 06 de março, da palestra feita por Gloria Kalil no POP - pólo de pensamento contemporâneo - sobre o panorâma da indústria da moda. foi ótima!

resolvi então postar aqui algumas coisas que sabiamente foram ditas por essa jornalista incrível que sabe tudo sobre a moda do brasil, do mundo todo e como ninguém, ser chic =)

ela começou falando sobre as dificuldades que encontramos no brasil:


falta de obra-prima - infelizmente o brasil não produz tecido. até a abertura do mercado para importação, na década de 90, tínhamos algumas poucas e boas fábricas têxtil (ex. américa fabril e nova américa) , porém com a liberação da importação essas fábricas não conseguiram acompanhar a avalanche dos importados que invadiu nos invadiu e acabram fechando suas portas.

a falta de mão-de-obra especializada também é uma questão importante. países como a china e índia além de terem obra-prima, têm mão-de-obra a preço de banana e com isso ficou quase impossível o mercado interno não aderir a importação.

ou seja, enquanto não houver investimento no mercado interno em termos de fabricação própria e especialização da mão-de-obra, continuaremos dependendo da importação e nessa, ficamos num ciclo vicioso onde o brasil é o maior prejudicado uma vez que a indústria têxtil se retraiu e estagnou. precisamos de incentivo do governo para estimular novamente o crescimento desta área tanto financeiramente como intelectualmente.


um ponto importante ainda falando sobre nossas dificuldades é a mentalidade do criador brasileiro. temos fama lá fora de que nossos criadores não se juntam, não fazem parceria, com nenhum tipo de associação no resto do mundo. ficamos muito fechados e isolados das conexões que acontecem mundo a  fora. é vital que os criadores olhem para o que acontece fora de nossas fronteiras e interpretem de que forma uma empresa consegue se expor, ganhar visibilidade e consequentemente crescer. 

parceria com o seu fornecedor ou com empresas que uma vez juntas, podem formar uma empresa mais forte, qualificada e próspera é um exemplo interessante e que deve ser considerado.


é claro que existem facilidades, ganchos e possibilidades e nisso nós somos nota 10!

a moda que acontece no brasil não fica apenas com o brasil. ela é reconhecida e admirada pelo mercado exterior. a descontração, a ousadia, o clima, as cores, o gestual, nossas influências, nossa cultura e claro, nosso carisma fazem parte de um lifestyle único e deve ser aproveitado em sua totalidade.


em tempos de crise, só os fortes sobrevivem. certo? nem sempre. 

se reinventar é a palavra de ordem e opa! nisso nós somos bons. muito jogo de cintura, criatividade e visão empresarial são fundamentais para a sobrevivência de uma empresa, porém, é preciso estar atento ao que o mercado precisa, o consumidor deseja e a economia permite.

quando se pensa em prada, gucci, louis vuitton e coca-cola você pensa em que além de sapatos incríveis, bolsas milionárias e algumas celulites? marca.

dificííílimo montar, sustentar e permanecer uma marca. torná-la conceito, desejável, inspiradora, sinônimo de qualidade, segurança e fundamentalmente, rentável. se não for uma boa marca, fixada, não vai vender. nisso a Gloria K. é categórica.

a marca é o que chama a sua atenção, desperta seu desejo e que muitas e muitas vezes, você acaba optando se houver dúvida.


para finalizar, nossa palestrante falou sobre um tema que venho levantando bandeira faz tempo: exportação. 

categórica pela 2ª vez ela diz que a empresa que não quer exportar não tem visão empresarial.

o mundo adora o brasil e isso não pode ser desperdiçado. vamos lá, exportem, divulguem, fortaleçam suas marcas, mostrem ao mundo do que somos capazes, tragam todas as atenções aqui pro nosso país, se superem, arrisquem, invistam, acreditem. brasil, mostra a sua cara!

2 comentários:

  1. Eu quero palpitar!!!!
    A palestra foi ótima mesmo,mas nem sempre exportar é a melhor opção.Muita gente só quer exportar pra dizer q vende pra fora e "cagar goma".Se vc não está preparado, pode se queimar.São várias coisas que devem ser pensadas antes.Estrutura da empresa, prazo de entrega, preço.
    O importante é dar passos em direção aos objetivos mas sem dar passos maiores q as pernas...Hum, que profundo!

    bjs

    bjs

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  2. Thais, quando ela fala em exportação é claro que se deve levar em conta a situação específica de cada empresa, cada uma tem um perfil e foco diferente. Ela generalizou, claro, para falar de uma visão, tendência e oportunidade que é possível para o grande mercado porém não é nada impossível para o mercado alternativo. Além do mais para exportar você não precisa abrir uma loja lá fora!

    beijo

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quero palpitar!